Segundo Platão existiu uma raça primordial «cuja essência se encontra agora extinta», raça de seres que englobavam os dois principios masculino e feminino. Os componentes dessa raça andrógina tinham uma força e uma audácia extraordinárias, acalentando no seio projectos de um extremo orgulho, como, por exemplo, a ideia de atacar os Deuses.
Atribui-se igualmente a essa Raça a lenda referida por Homero, a propósito de Oto e Efialto, da tentativa de escalar os céus para atacar os Deuses.
Na obra de Platão os Deuses não fulminam os seres andróginos tal como fizeram aos gigantes, mas paralisam o seu poder separando-os em duas metades. Daí a nascença de Seres se sexo distinto, portadores sob a forma de homem ou de mulher de um ou do outro sexo; seres este em que persiste, contudo, recordação do estado anterior que lhes desperta o impulso de reconstituírem a unidade primordial.
in " A metafísica do Sexo" - Julius Evola
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