sábado, 20 de julho de 2013

Augúrios


 
 
 
 
 
 
 
 
 
"Uma espécie específica de adivinhação praticada pelo Colégio de Áugures, em Roma, cujo dever era ler os presságios relacionados aos afazeres públicos. Os originais eram três, mas, na época de Júlio César, o número já tinha aumentado para 16, e Augusto César recebeu o poder de escolher quantos ele quisesse.
 
Havia cinco tipos oficiais de augúrios:
(1) ex coelo (do céu): trovão, relâmpago, meteoros, cometas e outros fenómenos celestes;
(2) ex avibus (de pássaros), que se subdividia em duas classes: (a) alites, o voo dos pássaros, especificamente a águia e o abutre; (b) oscines, a voz dos pássaros, especificamente a coruja, a gralha, o corvo e a galinha;
(3) ex tripudiis (do toque dos pássaros): se um pássaro evacuava ou não enquanto comia o que era considerado um presságio favorável;
(4) ex quadrupedibus (de animais): os movimentos e sons de animais e répteis de quatro patas;
(5) ex diris (de avisos): qualquer incidente casual que pudesse prenunciar desastre.

Esses cinco tipos de augúrios eram divididos pelos antigos em duas classes:
(1) auspicia impetrativa, sinais pedidos para orientação;
(2) auspicia oblativa, sinais ocorrendo de modo espontâneo.


Os deveres do Colégio dos Augures giravam mais em torno da primeira classe. Todos os actos oficiais eram sancionados por augúrios favoráveis ou postergados até que os augúrios fossem mais auspiciosos."


Fonte: Três Livros de Filosofia Oculta - Agrippa ( Notas ao Capitulo LIII)

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